terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Recomeço



Topada que leva adiante, o tombo inesperado e aquele joelho rasgado.
Palavra jogada ao vento, a dor daquele momento e o perdão com entendimento.
A rigidez de conceitos, a limitação que nos engessa e ver que isso não presta.
A busca pelo que desejo, o atropelo do ego, saber que no eu já não sou.
Viver agarrado no ontem, pensando no amanhã e nunca sentir o meu hoje

O que fazer?
Esticar mas não romper.

Alargam-se as fronteiras e olha-se bem mais longe
Não vôo e nem enraízo, o que tenho são pernas.
As intempéries no caminho, só servem para tirar a frouxidão, faz a vida ser ávida.

Renove e retorne;
Revolva e resolva;
Misture e se cure;
Agite e aplique;
Grite e se cale;
Abrace apertado não fique afastado.

O cheiro esquecido daquele amigo;
A dor que se sente na alma da gente;
A vida vivida e não olvidada;
O dia a dia que traz alegria;
A paz que permeia enquanto semeia, aquilo que passa por dentro da gente;
A alma aflita que clama que grita;
O fogo que arde mas não incendeia;

Que pena que foi derramado e que bom que foi resgatado.
É no aguçar dos sentidos, que a vida se faz mais.
Quantas cores que não vi nas asas de um colibri;
Quanto cheiro eu não senti na tua presença aqui;
Quantos sons eu não percebi e quantos não emiti;
Quanto gosto insípido por falta de atenção,
Que entre o doce e o salgado, é que vive o bom;
Quanto toque casual e não atentei, para a aspereza ou lisura do que me veio às mãos.

Assumir um compromisso, que nos faça romper com o desprezo que damos a rotina.

O mesmo, o rotineiro, pode ser visto como belo e motivador,
Que nos leva adiante ou só aquilo que é sem sal,
Sem perceber que isto é o que se chama VIDA.

É em paz que se caminha, é ali que se dá o melhor, o inusitado é somente o impulsor.

Lembrem-se. Vivemos entre impulso e pulso.

Um nos leva adiante, o outro lá nos mantém !